quarta-feira, 23 de maio de 2012

E O TEMPO [Paloma Azevedo de Almeida]


E o Tempo


Tempo, tempo, mano velho.

Há quanto tempo existe o tempo, e quanto tempo demora o tempo para passar?

O tempo é amigo e inimigo. Nos momentos felizes, o tempo era amigo. Torcia para demorar a passar. E agradecia o quanto era efêmero. Nos dias de dor, era inimigo. Praguejava-lhe e dizia o quanto era lerdo.
A verdade é que o tempo é o tempo.

Nada disso de o tempo curar dor, não. O tempo não cura nada, porque o tempo não faz nada, ou melhor, ele presencia tudo.

O tempo é o nascer, é o morrer, é a vida, é a terra, é o sol, é a felicidade, é a tristeza. É a criança, o adulto, o velho. O tempo é o velho.

Ora, voltamos ao início então, o tempo é o nosso mano velho.




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domingo, 20 de maio de 2012

[Anelise Freitas]




vai amá-la por toda a noite
e quando o gozo, amém, findar
vai rasgá-la por inteira:

relação cruel e desordeira
essa do poeta e do papel
que consubstanciam-se para separar


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blog da Anelise: vacacontemplativaemterrenobaldio.blogspot.com

[Anna Clara A. C. Ribeiro]




"Muitas das vezes, mentimos tanto para nós mesmos que esta mentira acaba se tornando uma verdade. Acreditamos realmente que aquilo não aconteceu."


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[Mariana Magalhães]




Ouvi alguma vez alguém dizer que mentiras são verdades que não aconteceram. E talvez seja por isso que acredito tanto nelas. Talvez na esperança de que se concretizem um dia.

Talvez por isso, acorde todas as manhãs pensando que meus sonhos se tornarão verdade. E sonhe todas as noites com verdades improváveis.

Por crer tanto nisso, às vezes ouço meu cachorro latir, mesmo sabendo que é impossível, a menos que sua morte tenha me trazido alguma mediunidade.

Por vezes penso que o telefone toca, às vezes sinto o cheiro de alguém de quem não deveria sentir, mas é tudo uma ilusão, mentira.

Verdades que não acontecem, às vezes por conveniência, falta de tempo, utilidade, ou simplesmente porque o destino não quis.

Mesmo que o destino não queira meus sonhos, as mentira acalentam a realidade, torna tudo mais fácil, suportável. E mesmo que não seja saudável, ajuda.



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PASSAGENS [Marina Rousselot Pailley Pacheco]


 Passagens


O tempo... algo tão curioso e, às vezes, perigoso.

Ele é capaz de nos fazer superar as dores mais intensas do nosso coração. Nos faz perceber os erros do passado, as dúvidas do presente e as expectativas do futuro.

Para muitos, o tempo se torna uma prisão. Conheço muitas pessoas escravas do tempo que, ao vê-lo passar, acreditam que não podem fazer mais nada, pois as horas passam depressa. Mas são elas que não percebem que, se esquecerem-se um pouco de seus relógios, conseguem fazer infinitas coisas que não fariam se contassem as horas.

Tudo na vida tem seu tempo, mas nunca saberemos quando ele chegou se não tentarmos e cairmos diversas vezes para podermos nos levantar e tentar novamente. A vida não pode ser um rascunho, pois talvez não consigamos passá-la a limpo.

O tempo é o remédio da alma e resta a nós sabermos a dosagem correta.



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[Ana Beatriz da Costa Custódio]



Poesia: quando o sentimento não cabe mais dentro de si, e é extravasado em letras, versos e rimas.

Sentimento mais profundo e puro não há, como o que existe entre POETA e POESIA.

Por mais que o AMOR seja o auge da complexidade humana, não há nada mais simples do que simplesmente AMAR e deixar-se ser AMADO!


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[Caroline Dias]


Ah... como seria poético se todos fossem livres e ousados para dizer o que realmente sentem, pensam, e ser quem realmente são. Sem medo, sem pudor e sem nenhuma interferência da sociedade e, principalmente, da própria consciência.

Ah... como seria bom! Pena que é uma grande UTOPIA!

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[Sergio Gabriel de Castro]



Minha vontade é conhecer o mundo. Conhecer pessoas e seus costumes. Fazer não só turismo, mas conhecer cabeças e sentimentos diferentes de mim, da minha forma de ser e de pensar. Na verdade, a viagem de cabeça é tão fascinante quanto qualquer outro tipo de viagem. O conhecimento e a amizade fazem parte da minha vida. Daí, enquanto não tenho condições de começar uma viagem pelo mundo, pego uma carona viajando em cabeças.


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[P. Gomes]




... lendo um livro uma vez, um trecho dele, talvez, meu coração disparou com a seguinte frase que eu li: “A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa”. E com a meia caneta que tinha, no verso da folha, sentada no meio da escada de mármore da faculdade, fugindo dos hormônios loucos e soltos naquela sala, com míseros 25min resolvi recontar a mim mesma a primeira vez que fugi de casa.

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Já era tardezinha quando olhei pela fresta da cortina que me revelava tantas outras janelas. Ao mesmo tempo que eu olhava por essa fresta, lembrava, como num sonho, minha mãe dizendo para eu não sair de casa até que ela voltasse. Ora essa, eu sei bem me cuidar, eu já tenho 10 anos, são muitos anos, e também eu não vou longe daqui.

Meu coração disparado quase explodiu quando bati a porta de casa. Afoita, desci correndo as escadas, quando me deparei com a rua e todos aqueles carros. Não sabia aonde ia, só sentia o coração bater cada vez mais rápido, como se sentisse bater dentro de mim, os segundos do relógio passando, eu não via o tempo, só via a imensidão que me aguardava, precisava ser rápida, mas meus pensamentos me confundiam entre tempo, espaço e imagens. Eu não queria só ver, eu precisava sentir.

Conforme eu ia caminhando ia vendo pessoas, cachorros, as vezes com seus donos, as vezes não, via carros, via crianças, via praças, parecia um detento que acabou de sair da prisão, tudo tinha cheiro, as cores eram radiantes, os sorrisos eram perfeitos e as caras fechadas assustadoras, além de novo, era tudo muito intenso. Cada coisa me remetia a um pensamento. As crianças com suas mães me faziam lembrar da minha, que me fazia lembrar que eu não deveria estar ali, que fazia meu coração voltar a disparar. A calma das praças me fazia esquecer, me fazia bocejar o sossego de estar em liberdade. E o cair da noite fez com que eu imaginasse como seria minha volta pra casa, o que eu inventaria, ou se eu diria a verdade, não conseguia imaginar a cara da minha mãe ouvindo o porteiro dizer que sai anda a tarde, com uma pequena bolsa na mão.

Só conseguia imaginar quando teria de novo essa sensação.

Essa havia sido a primeira vez, que fugi de casa para ver o mundo.

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[Rafael Ribeiro]



- Mentir é uma arte da qual tentamos escapar, e nos enganamos ao imaginar que conseguimos.
- A verdade não é algo se não houver a mentira.
- Em tempos contemporâneos, mais mentiras modernas.
- No supra-sumo da verdade, existe uma mentira.
- A verdade nada mais é do que uma mentira bem contada.
- Homens mentirosos são criadores de seu próprio futuro.
- A salvação do mundo será feita por mentirosos que pensam falar a verdade.


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[Marcus Saramela Medeiros]



“Toda dor que invade meu peito é a falta que a presença do meu amor me faz. Aquilo que um dia pensei ser fácil sentir, é o mais difícil que até hoje eu tive de enfrentar. Meu maior medo é perder esse amor. Por mais bagunçada que esteja minha vida, quero bagunça-la mais ainda, se isso for consequência de viver esse amor.

Concluo, disso tudo, que o amor é um sentimento incoerente e a maior força que existe, pois não há ninguém que possa explicar e resistir ao amor.”



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O SUBSOLO [Viviane Rodrigues]




O subsolo
 
O barulho de pés, a música, o saxofone, o baixo e mais um drink. A mãe gritando por atenção, a vida querendo ser vivida. Tudo que Kerouac viveu não pode ter sido assim tão pleno, nada é tão bom que a realidade não possa dar conta. A felicidade não depende do sonho e os sonhos não são aqueles que buscávamos lá na infância... A infância de ontem à noite, de agora há pouco e a de amanhã ainda estarão aqui.

O lugar é visto na mente como se fosse real e futuramente acessível, mas os tempos já não são os mesmos, nem as ambições.

Que dirá as pessoas! Será que elas algum dia foram?

Nada é definitivo, nada é tão real que não possa ser concretizado.





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MINAS GERAIS [Vanessa Michelon]


Minas Gerais

Montanhosa e tranquila,
muitas matas à vista.
Com clima bem fresquinho,
Parece ser inverno todo dia.
Só quem mora e quem visita sabe bem como é!

Tem queijo, pão de queijo,
Goiabada, doce de leite.
Tem canjiquinha,
E até pão com linguiça.
Quem é de minas é mineiro, uai!


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[Henrik Macedo]



Entrego-me

Ao te abraçar nesse frio prematuro, enquanto teu cheiro tentador invade meus pulmões, tornando-se necessidade.

Quem diria que assim me sentiria – te sentiria.

Seus olhos insistem em fugir, e minhas bochechas agora vermelhas por tê-lo feito sorrir; ou seria pelo álcool que corre em minhas veias?

Embriagado a cada toque, sujeito a perder o pudor; me perder querendo que me ache.

E meu órgão vermelho e pulsante, insensato galopa por instantes.

Pois assim que você for, terei que colher os cacos ensanguentados que jazem pelo chão.


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blog do Henrik: vintageknight.blogspot.com.br

TEMPO [Marielton Augusto Soares]


Tempo



O tempo serve para esquecer, guardar lembranças...
... Responsável por amadurecer pensamentos, sentimentos e ideias

Com o tempo, ganhamos conhecimento, encontramos pessoas, deixamos algumas para trás. Infelizmente, perdemos algumas, entes queridos, amigos ou somente conhecidos.

O tempo me faz pensar, rever atitudes, opiniões que precisei expor; outras, não. Julgamentos dispensáveis em momentos inoportunos. Em certos momentos, precisei ser forte e tomar decisões acertadas; em alguns momentos da vida, errei, afinal sou um ser humano passível de erros, mesmo não me permitindo errar...
É a vida!

... Enfim, o tempo passa e nos tornamos cada vez mais aptos a vivenciar acontecimentos transformadores, que mudam as nossas vidas par sempre...




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[Camyla Oliveira]


O amor chega de mansinho. Faz chorar, sofrer e, muitas das vezes, se perder. Ele não pede licença e, quando vai embora, deixa uma desorganização imensa. Ah, que frio na barriga que dá! Sentimento que muitos cobiçam, mas que somente aqueles que são puros de coração sentem, porque estes são os que não têm medo de se perder, e uma louca aventura de amor viver!


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[Mariana Mello]


A realidade parecia improvável demais, enquanto o que parecia sonho, ilusão, provocava sensações reais demais para serem ignoradas. Todas as ações que havia feito, cada ínfimo pedaço de decisão que havia escolhido, lhe escapavam pelos dedos magros como fumaça.

No início de todos os conflitos, muitos ali reunidos não passaram de jovens moços e moças, cujo único desejo era retornar às usa vidas antigas. Agora, finda a Grande Guerra, coroas pesavam sobre as cabeças de uns, alianças de matrimônio adornavam as mãos de outros, mas, sobre os ombros da mais jovem dentre eles, estava o fardo mais pesado, estava o peso da morte.

Em sua mente, ela sabia que a imagem de uma traidora a acompanharia por tempos e tempos, mas aquilo não a incomodava, pois a certeza do dever cumprido sobrepujava qualquer outro pensamento.

Mas, naquele angustiante momento, ela se sentiu só, se sentiu culpada. As mão que roubariam o Diamante seriam as dela; as mãos que brandiriam a espada e estilhaçariam a pedra seriam as dela; o grito de triunfo, o chamado do fim viria da garganta dela.

E o peito afundado sob o peso das botas do inimigo, o coração dilacerado, explodindo em seu próprio sangue, seria o dela. E quanto todo o guerrear cessasse, o cadáver a ser encontrado, submerso no pequeno lago seria o dela.

Como uma rocha que desaba do topo da montanha, o corpo magro e pequeno dela desabou ao chão. Era novamente o peso da morte que recaía sobre seus ombros. A única pessoa que se esforçava para preservar o eu verdadeiro que existia dentro deles, aquele único ser humano, mortal, vulnerável e passional, fazia abatido ante os olhos dos presentes.

Lágrimas começaram a se formar, a união dolorosa da culpa, do arrependimento e da certeza. Seu coração pertencia àquele homem que se sacrificara por ela e por todos, em um tempo em que o sacrifício era subestimado.

Com a Rainha Qadira, que matara o seu Rei Raeneo, Nerissa também matara Tiberius e não houve sequer um momento para fugir das mentiras e dizer de verdade o quanto ela o amava.


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[Jacqueline Barletta]


“Paixão é fogo que queima a razão.”

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[Tatiane de Campos Cardoso]


“A vida é uma grande viagem, na qual temos o privilégio de conhecer pessoas e de imaginarm que somos folhas ao vento, que nos leva a lugares que queremos, mesmo que seja através de uma leitura. Ler é descobrir novos horizontes.”




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AMO VOCÊ [Cássia Jéssica Galhardo Felipe]



Amo você

Amar é simplesmente amar
Amor é envolvente
que não sai da minha mente
Eu te amo eternamente
Amor me invade
que me dá vontade
de fazer loucuras
Amo você até morrer
o que vou fazer?
Eu quero só você
o que eu faço pra te ter?
Amar não é ilusão
É um friozinho
que dá no meu coração
de te ver na multidão
E é agora ou não.

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O Amor e seus dilemas

Era primavera, ano de 2012, quando Gustavo e Alice se conheceram. Foi amor à primeira vista. Ambos estavam loucos de amor, mas alguma coisa o impedia: Alice era pobre e Gustava era rico. E agora?

Simplesmente lutaram até o fim para ficarem juntos. E, quando conseguiram, houve um terrível acidente: Gustavo morreu. Alice ficou totalmente depressiva e se afundou no mundo das drogas. E seu amor? Ele partiu e Alice ficou em um penhasco enorme.

Mas os anos se passaram e Alice conseguiu se recuperar. Saiu das drogas, casou-se... mas nunca se esqueceu de seu verdadeiro amor, Gustavo.


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